Tuesday, June 17, 2008

Tá chegando a hora




Falta menos de um mês!!!!








Monday, March 10, 2008

The Cure






The Lovecats - Inbetween days

Tuesday, February 05, 2008

Versão brasileira Herbert Richards...


Outro dia estávamos no aniversário de um amigo e rimos um bocado com as diferenças entre os títulos dos filmes no Brasil e em Portugal. Muitas vezes não tem nada a ver, e nem parecem ser o mesmo filme. Dá pra imaginar a dificuldade que temos nas locadoras pra encontrar aqueles filmes antigos que queremos rever. Por incrível que pareça o que deu mais trabalho pra achar foi um em que a diferença é pequena "A primeira noite de um homem" (Br)" e "A primeira noite" (Pt), mas não tinha cristão que soubesse de qual filme eu estava falando...

Saca só o drama :)))))




1º o título no Brasil e depois em Portugal


Um estranho no ninho - Sobrevoando um ninho de cucos

O exterminador do futuro - O exterminador implacável (ahahahahahahahha)

De volta pro futuro - Retorno para o futuro

A primeira noite de um homem - A primeira noite

Pequena Miss Sunshine - Uma família à beira de um ataque de nervos (O título tuga é no estilo brasuca)

Desejo e reparação - Expiação (Hã??? desejo e reparação????)

Três é demais - Gostam todos da mesma (Se no Brasil transformaram um bom filme em sessão da tarde, o título em Portugal é bisonho)

Extermínio - 28 dias depois (De onde o brasucas tiraram este título????)

Tudo que uma garota quer - O que uma rapariga quer (Não, não é um filme pornô)

Moça com um brinco de pérolas - Rapariga com um brinco de pérolas (Nem este :)))))

O gordo e o magro - Puxa e estica

E o vento levou... - E o vento levou tudo (kkkkkkkkkk)

Ligeiramente grávidos - Um azar do caraças

O poderoso chefão - O Padrinho

Deu a louca no chapeuzinho vermelho - Capuchinho vermelho, A verdadeira história

Onde os fracos não tem vez - Este país não é para velhos

Saturday, December 08, 2007

Trilhas do Castelo e da Calcedónia (Gerês)

Em Dezembro do ano passado postei um texto sobre a trilha da Calcedónia. Nesta altura fui com Fabi conhecer a trilha mas acabamos por não terminá-la por que já estava escurecendo e não chegamos ao “cabeço da calcedónia”. Duas semanas atrás voltei lá com o pessoal do clube nacional de montanhismo. Era um grupo misturado com pessoas experientes e alguns novatos como eu, mas tudo gente bacana.

No sábado fizemos a trilha do Castelo, que começa bem pertinho da pousada Calcedónia (em Covide), do simpaticíssimo senhor Amaro, que desta vez não me reconheceu. A trilha não tem dificuldades, são 16Km, mas de subida suave. Ela começa imediatamente em subida, em direcção ao Pico Piodneiro, não se chega a passar por ele mas serve como ponto de referência. Desde o início já se tem uma paisagem espectacular, com o chão avermelhado do Outono e o acinzentado da cadeia rochosa como pano de fundo. Mas a melhor vista da trilha é a cidade de Sta Maria dos Montes, que fica ali perdida no meio das montanhas… e cuja igreja feita de pedras, destacada no seu centro, dá um aspecto ainda mais característico ao local. A volta foi ainda mais tranquila, excepto pelo frio. A previsão era de 4 graus nos pontos mais altos, não sei se chegou a tanto, mas ao fim do dia, com o sol se escondendo atrás das montanhas e um vento frio constante, o grupo já não estava tão falante como no início. Ainda assim a paisagem das montanhas com a luz do fim do dia (alaranjada) valia a pena.

Agora frio mesmo, eu senti quando chegamos ao acampamento. Foi quando paramos para resolver as coisas e armar as barracas. Com o corpo frio e as meias húmidas, só lembrava do meu quarto quentinho. E isso foi por que dormimos num camping, por que se fosse no meio da montanha ia ser pior. Foi bom por que aprendi que numa próxima vez terei que pensar muito bem no meu equipamento, ou invisto em roupa leve e quente ou me preparo para carregar uma mochila bastante pesada. Não é fácil para um brasuca criado na praia acostumar com este frio.

No domingo, acordamos cedo para levantar barraca. Foi neste dia que subimos até o cabeço da Calcedónia. Esta trilha é mais curta (7Km), mas a paisagem é bem mais bonita e a trilha é mais difícil, mais íngreme com alguns obstáculos na subida pelas pedras. Bem, isso só torna a trilha mais interessante. A melhor parte foi atravessar a fenda da Calcedónia, onde foi preciso usar um bocado mais que a força das pernas. Almoçamos com vista panorâmica para o Gerês, no ponto mais alto do cabeço da Calcedónia. Na volta muito bate bota nos blocos de granito e ainda passamos por um bonito bosque de carvalhos. No fim, com o corpo quente, ainda me refresquei numa pequena piscina natural chamada "poço azul". Em refrescar entenda-se por cabeça, pescoço e braços, afinal estamos em Dezembro…

Este cão da região nos acompanhou o tempo todo, nos dois dias. Só não conseguiu passar pela fenda conosco, mas para nossa surpresa deu a volta no monte e nos encontrou do outro lado. Mesmo com uma pata defeituosa ele correu, mostrou o caminho, caçou coelhos, devorou uma perna de cabrito que encontrou pelo caminho e espantou umas vacas que bloquearam a trilha. Mas de bobo não tem nada, a foto mostra qual era a verdadeira intenção dele...

Sunday, November 25, 2007

A Nação Feliz

2007: Um ano inesquecível

Wednesday, November 21, 2007

Camarão que dorme a onda leva e jacaré que fica parado vira bolsa…

Pois é, mais de meio ano sem escrever aqui. Não sei muito bem por que fiquei tanto tempo longe do blog, estava meio sem inspiração. Mas outro dia um amigo me pediu umas dicas para uma viagem e fui no blog lembrar de uns detalhes. Aí lembrei por que tinha criado o blog em primeiro lugar, para ter escritas aquelas lembranças e impressões que se tem no momento que acontecem e que depois de muito tempo se confundem. Foi muito legal reler os posts antigos, foi como voltar a certos lugares, rever as coisas, mas principalmente lembrar exactamente como me senti no momento.
Desde Fevereiro muita coisa aconteceu, dei mais uma reviravolta na minha vida, o que acontece periodicamente. Saí de Aveiro, voltei para onde sempre senti que era minha casa em Portugal, o Porto. Também saí da Vulcano. Foi uma decisão difícil, pois era meu porto seguro em Portugal, e um dos principais motivos da minha vinda. Uma série de motivos fizeram que fosse a hora certa de acabar minha história lá, as principais foram um forte sentimento que precisava investir em mim e também que precisava tirar o peso das guerras legais de vistos e contratos das minhas costas. Hoje tenho um projecto. Simplesmente um projecto, por que ainda não sei se será um mestrado ou doutoramento, mas que me motiva e que certamente vai dar a guinada que procuro para o meu futuro. E principalmente, a mudança mais radical foi vir morar com Fabi, juntar as escovas de dentes como ela diz :))))). Resolvemos dar este passo adiante na nossa relação.
Neste quase um ano muitas outras coisas aconteceram, o PP está morando mais perto, em Sevilla. Já o visitei duas vezes e ele veio cá umas tantas. Já não estou mais tão longe da família. Aliás este ano nunca estive tão perto dela sem sair de Portugal. Meus pais finalmente vieram me visitar. Depois de meses de negociação conseguimos planejar e concretizar umas férias inesquecíveis que começaram em Roma, passaram por Londres com Carlos André e Gisleine, cruzaram Portugal e a Andaluzia (Espanha) e terminaram no aeroporto de Lisboa. Bom, com tantas histórias por contar este blog vai mudar, vai passar a ser atemporal, quero lembrar as histórias e viagens que passei neste ano e outras mais antigas que não tive oportunidade de contar, mas sem esquecer as novidades claro.

Saturday, February 10, 2007

O mercadinho da Dona Sãozinha

Dona Sãozinha é diminutivo de São, que por sua vez é diminutivo de Conceição. Este é o nome da Dona do mercadinho que fica bem embaixo do meu prédio. É aqui que eu compro regularmente frutas e verduras e eventualmente coisas que eu esqueço nas compras em supermecados, como água mineral, arroz, azeite... Sim, apenas eventualmente, por que Dona Sãozinha não é boba e sabe que a comodidade tem o seu preço.
Talvez seja um mercadinho como os outros, mas para mim é especialmente peculiar por que posso acompanhar a sua vida quase todos o fins de semana. O que torna o mercadinho tão interessante é o fato de ser o ponto de encontro das velhas senhoras da vizinhança nos sábados de manhã. Ou seja, é a versão feminina dos barbeiros em Portugal, onde os velhos que nem estão pensando em cortar o cabelo ficam sentados para falar do Beira-Mar, Porto e Benfica. No mercadinho só muda o assunto, é a filha que está morando em Lisboa que engravidou mais uma vez, é o neto que vai estudar em Coimbra, o coitado do genro que foi mandado embora do emprego, o primo canalha que largou a mulher, ou seja quinze minutos lá é melhor do que horas de qualquer novela. Por isso algumas vezes quando passo em frente e vejo mais de duas pessoas desisto e vou a outro lugar, mas geralmente acabo por entrar e simplesmente “deixo estar” :))).
Mas também não falta ação no mercadinho, como no dia que uma senhora achou um rato morto enorme no meio das batatas. O evento foi motivo de um mês de conversa. Segundo Dona Sãozinha, já se sabia que o rato estava escondido pelo mercadinho, por isso ela colocou veneno em lugares estratégicos, além disso, garantiu prontamente que o fato não ia se repetir. Coitado do segundo rato que meses depois, desavisado, tentou entrar no mercadinho... Pereceu diante do ataque furioso de um grupo de vovozinhas raivosas munidas de vassouras, pedras e o que mais estivesse à mão... :))))
Mas a minha história preferida foi o dia que entrei sozinho na loja e comecei minhas compras pedindo Ice Tea. De repente Dona Sãozinha pega o telemóvel (telefone celular) e pede licença para ir aos fundos da loja. Fiquei lá entretido entre cebolas, queijos e papéis higiênicos, quando ouço baixinho o som do rádio, ao pé da água mineral:
- Tô sim, bom dia!
- Olá, bom dia quem está a falar?
- Tô, aqui é a Dona Conceição!
- Olá Dona Conceição, blá, blá, blá, blá, blá, blá.... então responda quem foi o maior português de todos os tempos?
- Pra mim foi o D. Afonso Henriques.
- blá, blá, blá, blá... Obrigado pela participação Dona Conceição, a senhora quer mandar lembranças para alguém?
- Sim para minha filha fulaninha e meu sobrinho sicraninho...

Segundos depois ela volta à loja me vê atônito e pergunta:
- Desculpe lá. Então o Leandro quer Ice Tea e mais o quê? :))))))))))))))