Saturday, December 23, 2006

Férias

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Pra não dizer que sou preguiçoso aí vai uma dica, dêem uma passada no blog do Pire (www.sombradabananeira.blogspot.com) e parem para conhecer um pouquinho mais de Aveiro no post "O fim de uma era" (do dia 23 de Novembro). :)))). Quem disse que em Aveiro não tem Pega-Bebo.

Pronto já cansei de escrever, com licença que vou voltar pras minhas férias...

Saturday, December 16, 2006

Aquele abraço

Ontem fui ao show do Gilberto Gil (em Aveiro ehehehehe), e quando ele cantou esta música me deu um nó na garganta:

"O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março

Alô, alô, Realengo - aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo - aquele abraço!

Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro

Alô, alô, seu Chacrinha - velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha - velho palhaço
Alô, alô, Terezinha - aquele abraço!

Alô, moça da favela - aquele abraço!
Todo mundo da Portela - aquele abraço!
Todo mês de fevereiro - aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema - aquele abraço!

Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu - aquele abraço!
Pra você que me esqueceu - aquele abraço!

Alô, Rio de Janeiro - aquele abraço!
Todo o povo brasileiro - aquele abraço! "

E pra todos aqueles que não vou poder abraçar neste fim de ano :( ...


Tuesday, December 05, 2006

Enfim, o Gerês



Depois de várias tentativas frustadas por desencontros, tempestades e falta de tempo, voltei ao Gerês, e desta vez para um lado que eu não conhecia. O parque nacional do Gerês é uma região montanhosa que fica no norte de Portugal (no Minho). É o meu lugar preferido em Portugal, cheio de verde e riachos de águas cristalinas, apenas a uma hora do Porto.

No sábado não havia nenhum grupo que conhecêssemos que estivesse planejando ir ao Gerês. Então fomos só eu e Fabi explorar. Primeiro pegamos os mapas de trilhas no posto de turismo, e depois íamos fazer um almoço leve para começar a trilha. Mas quando paramos num restaurante no começo da serra e vi que a especialidade era bode guisado não resisti e matei as saudades.



Já na serra, antes de começar a trilha, fomos pedir informação e acabamos por conhecer uma figuraça, o Sr. Amaro, dono da pousada “residencial Calcedónia”. E tome conversa, explicou, com sua maneira peculiar de falar :))) todos os segredos dos caminhos da região, falou dos hóspedes ilustres que já passaram pela pousada, disse que adorava o Brasil “já viajei muito, mas pra quem tem um pouco de dinheiro não há lugar melhor para se viver que o Brasil”, contou da família, enfim, uma simpatia...


Depois na trilha, aquela paisagem linda do Gerês, sempre com o barulhinho da água e dos sinos dos cabritos de fundo. No alto do monte, Fabi desistiu da subida :))), ainda encontrei umas pastoras e fiquei um tempo conversando com elas sobre o lugar e os caminhos escondidos, enquanto uma delas resgatava um cabrito bem novinho que ainda não tinha coragem de fazer saltos mais arriscados entres as pedras. Rodamos um bocado por lá, mas no fim não conseguimos chegar no “cabeço da Calcedônia”. Já estava começando a escurecer e a pastora nos alertou que o caminho não era bem sinalizado e que podíamos nos perder àquela hora, disse que era comum subir lá um helicóptero para resgatar aventureiros desavisados. Não arriscamos mas não tem problema, é só mais uma desculpa para voltarmos depois para este lado do Gerês, e bater mais um papo com o Sr. Amaro.


Sunday, December 03, 2006

Maria Antonieta e Versailles


As últimas três vezes que combinei de fazer uma trilha, tive que desistir por causa do mau tempo. Desta vez, quando uma amiga deu a dica de que ia com um grupo a uma trilha perto de Guimarães, eu me comprometi comigo mesmo: Só não vou se cair um dilúvio. Dito e feito, na semana passada Portugal esteve debaixo d’água. Cidades alagadas, estradas cortadas, rios transbordados (inclusive o douro transbordou na Ribeira), cidades isoladas. Com todas as linhas fechadas, a estação de comboios (trens) era um cenário caótico, com crianças chorando, pessoas pedindo dinheiro para continuar a viagem de autocarro (ônibus), gente discutindo (juro que um cara do guiché estava quase chorando). Enfim, nada de trilha. O resultado foi um fim de semana muito mais tranqüilo que o planejado, com dvd, foundee na casa de Marlos e Bárbara e cinema…

No Domingo fui com Fabi ver o filme Maria Antonieta. O filme não tem diálogos espetaculares, nem conta à perfeição a história da França ou da rainha, nada disso. Muito pelo contrário, é um filme que se desenrola devagar, com cenas compridas onde praticamente só se fala o essencial, e é exatamente aí que está o seu melhor. A diretora é a mesma de Lost in Translation, Sofia Copola, e aqui ela também se concentra nas pesssoas, no seu comportamento, nas suas reações, com ângulo e tomadas sempre diferentes do que estamos acostumados a ver. Em algumas cenas o silêncio nos faz sentir ao lado dos personagens quase como seus cúmplices, já em outras são as músicas que passam o estado de espírito deles. Aliás, a trilha musical é excelente, o contraste entre as músicas actuais (New Order e the Cure, por exemplo) e a história de época se encaixa muito bem no ritmo do filme.

Mas o que me conquistou foi ela transformar o palácio de Versailles num dos personagens principais. É engraçado, quando estive em Versailles fiquei boquiaberto, só pensava que aquele lugar não podia existir de verdade, com aquela frase “parece coisa de filme” :)). Mas neste caso o real é muito mais bonito que a ficção. Quando estive em Versailles era um dia ensolarado, os jardins estavam todos floridos, com muitas cores, tudo organizado e impecável. No filme as tomadas do castelo são sempre escuras, pálidas, provavelmente com o intuito de dar o tom de um filme de época. Na verdade, o que me fascinou foi ver o palácio com vida e no seu auge, com todo o luxo original, os reis e nobres, a imponência, as festas, as orgias, os banquetes, as decisões de estado, enfim ela transportou para os meus olhos tudo o que tinha ficado na minha imaginação.

Resumindo, a história não é espetacular, nem genial, muito menos surpreendente, afinal à partida todo mundo já sabe qual o final. Mas é simplesmente uma história bem contada, envolvente, bem filmada. E só de poder ver uma boa história com um toque diferente já vale a pena. Aliás, isso deveria acontecer com mais freqüência quando se vai ao cinema.