Saturday, December 23, 2006

Férias

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz..................................

Pra não dizer que sou preguiçoso aí vai uma dica, dêem uma passada no blog do Pire (www.sombradabananeira.blogspot.com) e parem para conhecer um pouquinho mais de Aveiro no post "O fim de uma era" (do dia 23 de Novembro). :)))). Quem disse que em Aveiro não tem Pega-Bebo.

Pronto já cansei de escrever, com licença que vou voltar pras minhas férias...

Saturday, December 16, 2006

Aquele abraço

Ontem fui ao show do Gilberto Gil (em Aveiro ehehehehe), e quando ele cantou esta música me deu um nó na garganta:

"O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março

Alô, alô, Realengo - aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo - aquele abraço!

Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro

Alô, alô, seu Chacrinha - velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha - velho palhaço
Alô, alô, Terezinha - aquele abraço!

Alô, moça da favela - aquele abraço!
Todo mundo da Portela - aquele abraço!
Todo mês de fevereiro - aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema - aquele abraço!

Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu - aquele abraço!
Pra você que me esqueceu - aquele abraço!

Alô, Rio de Janeiro - aquele abraço!
Todo o povo brasileiro - aquele abraço! "

E pra todos aqueles que não vou poder abraçar neste fim de ano :( ...


Tuesday, December 05, 2006

Enfim, o Gerês



Depois de várias tentativas frustadas por desencontros, tempestades e falta de tempo, voltei ao Gerês, e desta vez para um lado que eu não conhecia. O parque nacional do Gerês é uma região montanhosa que fica no norte de Portugal (no Minho). É o meu lugar preferido em Portugal, cheio de verde e riachos de águas cristalinas, apenas a uma hora do Porto.

No sábado não havia nenhum grupo que conhecêssemos que estivesse planejando ir ao Gerês. Então fomos só eu e Fabi explorar. Primeiro pegamos os mapas de trilhas no posto de turismo, e depois íamos fazer um almoço leve para começar a trilha. Mas quando paramos num restaurante no começo da serra e vi que a especialidade era bode guisado não resisti e matei as saudades.



Já na serra, antes de começar a trilha, fomos pedir informação e acabamos por conhecer uma figuraça, o Sr. Amaro, dono da pousada “residencial Calcedónia”. E tome conversa, explicou, com sua maneira peculiar de falar :))) todos os segredos dos caminhos da região, falou dos hóspedes ilustres que já passaram pela pousada, disse que adorava o Brasil “já viajei muito, mas pra quem tem um pouco de dinheiro não há lugar melhor para se viver que o Brasil”, contou da família, enfim, uma simpatia...


Depois na trilha, aquela paisagem linda do Gerês, sempre com o barulhinho da água e dos sinos dos cabritos de fundo. No alto do monte, Fabi desistiu da subida :))), ainda encontrei umas pastoras e fiquei um tempo conversando com elas sobre o lugar e os caminhos escondidos, enquanto uma delas resgatava um cabrito bem novinho que ainda não tinha coragem de fazer saltos mais arriscados entres as pedras. Rodamos um bocado por lá, mas no fim não conseguimos chegar no “cabeço da Calcedônia”. Já estava começando a escurecer e a pastora nos alertou que o caminho não era bem sinalizado e que podíamos nos perder àquela hora, disse que era comum subir lá um helicóptero para resgatar aventureiros desavisados. Não arriscamos mas não tem problema, é só mais uma desculpa para voltarmos depois para este lado do Gerês, e bater mais um papo com o Sr. Amaro.


Sunday, December 03, 2006

Maria Antonieta e Versailles


As últimas três vezes que combinei de fazer uma trilha, tive que desistir por causa do mau tempo. Desta vez, quando uma amiga deu a dica de que ia com um grupo a uma trilha perto de Guimarães, eu me comprometi comigo mesmo: Só não vou se cair um dilúvio. Dito e feito, na semana passada Portugal esteve debaixo d’água. Cidades alagadas, estradas cortadas, rios transbordados (inclusive o douro transbordou na Ribeira), cidades isoladas. Com todas as linhas fechadas, a estação de comboios (trens) era um cenário caótico, com crianças chorando, pessoas pedindo dinheiro para continuar a viagem de autocarro (ônibus), gente discutindo (juro que um cara do guiché estava quase chorando). Enfim, nada de trilha. O resultado foi um fim de semana muito mais tranqüilo que o planejado, com dvd, foundee na casa de Marlos e Bárbara e cinema…

No Domingo fui com Fabi ver o filme Maria Antonieta. O filme não tem diálogos espetaculares, nem conta à perfeição a história da França ou da rainha, nada disso. Muito pelo contrário, é um filme que se desenrola devagar, com cenas compridas onde praticamente só se fala o essencial, e é exatamente aí que está o seu melhor. A diretora é a mesma de Lost in Translation, Sofia Copola, e aqui ela também se concentra nas pesssoas, no seu comportamento, nas suas reações, com ângulo e tomadas sempre diferentes do que estamos acostumados a ver. Em algumas cenas o silêncio nos faz sentir ao lado dos personagens quase como seus cúmplices, já em outras são as músicas que passam o estado de espírito deles. Aliás, a trilha musical é excelente, o contraste entre as músicas actuais (New Order e the Cure, por exemplo) e a história de época se encaixa muito bem no ritmo do filme.

Mas o que me conquistou foi ela transformar o palácio de Versailles num dos personagens principais. É engraçado, quando estive em Versailles fiquei boquiaberto, só pensava que aquele lugar não podia existir de verdade, com aquela frase “parece coisa de filme” :)). Mas neste caso o real é muito mais bonito que a ficção. Quando estive em Versailles era um dia ensolarado, os jardins estavam todos floridos, com muitas cores, tudo organizado e impecável. No filme as tomadas do castelo são sempre escuras, pálidas, provavelmente com o intuito de dar o tom de um filme de época. Na verdade, o que me fascinou foi ver o palácio com vida e no seu auge, com todo o luxo original, os reis e nobres, a imponência, as festas, as orgias, os banquetes, as decisões de estado, enfim ela transportou para os meus olhos tudo o que tinha ficado na minha imaginação.

Resumindo, a história não é espetacular, nem genial, muito menos surpreendente, afinal à partida todo mundo já sabe qual o final. Mas é simplesmente uma história bem contada, envolvente, bem filmada. E só de poder ver uma boa história com um toque diferente já vale a pena. Aliás, isso deveria acontecer com mais freqüência quando se vai ao cinema.


Saturday, November 18, 2006

São Martinho e o Magusto

O sábado passado foi dia do São Martinho, que é comemorado com a celebração do Magusto. O Magusto simboliza o início do Outono e para o povo português é uma mistura de celebração religiosa, festa regional e familiar. O São Martinho é o santo que fez uma tempestade parar, depois de dar metade de sua capa a um mendigo que sofria com a chuva, e reza a lenda que desde então o milagre sempre se repete neste mesmo dia (11 de Novembro). Estes dias de sol quente no frio do outono são chamados de verão de São Martinho :))). Pelo menos este ano a lenda virou fato, e o fim de semana passado fez um calor tão inesperado que estive o tempo todo de bermuda e camiseta e ainda aproveitei para “fazer praia”, certamente pela última vez neste ano...

Conforme manda a tradição de magusto, no sábado à noite comemos castanhas assadas na brasa com Jeropiga (uma bebida forte e adocicada, como se fosse uma mistura de cachaça com mel), numa mesa bem portuguesa na casa de Daniel. A festa foi regada a bifanas (carne de porco) e lingüiça (brasileira) assadas na brasa, pão da avó e, claro, bastante vinho... Tudo isso rodeado por amigos e pela família dele, como manda o figurino :))).

- Magusto em Aveiro

Engraçado que esta foi a primeira festa típica portuguesa que fui depois que cheguei. Mas na altura as circunstâncias eram tão diferentes que fico rindo sozinho ao comparar a versão deste ano, tranqüila e familiar, com a primeira. Na altura eu ainda era erasmus (estudante estrangeiro) a pouco tempo e fui chamado por um amigo para o Magusto em Coimbra. Minha missão, extra-oficial é claro, era levar minhas amigas estudantes para a festa :)))). Primeiro o turismo pela cidade, com o Bruno como guia... Depois a festa, “estranha com gente esquisita”, na casa do colega português. A casa lotada de estrangeiros, brazucas, tugas, alemães, americanos, espanhóis... com conversas hora em um português débil, hora em inglês improvisado :))). Na casa um cheiro inebriante da mistura de castanha, Jeropiga e uma bacia enorme de sangria (enchida e esvaziada várias vezes). De fundo muita música acompanhada por tentativas, muitas vezes frustadas, de fazer um som com os diversos instrumentos espalhados pela casa :))).

- Foto "capa de disco" em Coimbra


Depois da festa fomos a um bar chamado “M. Juana” eheheheh, e bebemos tudo que encontramos pela frente. Neste dia, completamente embriagado, decretei o dia do “não fico”, onde berrei em bons decibéis que não dormiria na casa já que não havia lugar para todos, num ato inútil de solidariedade :))). Como resultado, perambulamos pela cidade embriagados até que finalmente resolvemos nos hospedar num hotel caindo aos pedaços, que depois descobrimos ser uma casa de péssima reputação (quase um cortiço, que era usado para encontros furtivos) :)))).

- "granda bubadeira"

Thursday, October 26, 2006

Aveiro


Aveiro é a Veneza portuguesa, com sua ria (e não rios) enfeitada pelos barcos moliceiros, cortando o centro da cidade, desde a Sé até o Olaria. Aveiro são as flores com um colorido violeta enfeitando a praça da república na primavera e as folhas alaranjadas cobrindo a Sé, aos pés do João de Aveiro, no outono; é ir de carro pro trabalho todo empacotado no frio e escuridão do inverno e no mesmo horário ir pro trabalho de bike e camiseta no sol do verão;

Morar em Aveiro é fugir do ataque das cavacas na festa do São Gonçalinho, é ir trabalhar de manhã cedo e encontrar os estudantes nas ruas, cafés e praças ainda extasiados (e embriagados) depois de noites inteiras de farra na semana do enterro (calourada), e claro, é ir tomar vinho e comer pão com chouriço com todo o resto da cidade na feira de Março, que nunca é em Março;

Aveiro tem o pequeno almoço da Venepão e o café ao fim da tarde no café Liceu; tem o hamburgão do Ramona e boa massa do Mama Roma; tem o prato feito do Convívio e a caldeirada de enguias do Telheiro; tem o rodízio brasileiro no tupiniquim e o bacalhau do Ceboleiros, tem até, “made in Aveiro”, francesinha no Adamastor e carne de porco alentejana no monte alentejano, mas antes de tudo tem as tripas com chocolate e os ovos moles em cada canto da cidade;

Aveiro foi Portugal, Brasil, Angola, Holanda e muitos outros na Fun zone durante o Euro e na Sé durante o mundial. E inevitavelmente sempre vai ser o Aveiro da galera “in” da estação da luz, dos Erasmus do Bombordo, dos alternativos do posto sete, dos estudantes da praça do peixe nas quintas à noite e dos nativos na mesma praça do peixe só que no sábado à noite;

Mas só quem é mesmo de Aveiro pode ser diferenciado por Cagaréu ou Ceboleiro dependendo do lado que nasceu da Ria, e só quem é nativo para ter coragem de se juntar aos velhotes e ver os jogos do Beira-Mar no Galeria, mesmo na segunda divisão, ou ainda tomar um fino com presunto na petisqueria portuguesa ao som do fado;

Estar em Aveiro é tomar uma caneca no bombordo e esticar para uns finos no “Fuck’n Cais”; é escutar (excelente) música brasileira e portuguesa no Butirão e dançar salsa no Olaria; são os shots dançantes do Santos da Praça e a Heineken com som ao vivo (pasmem, tocam até Lenine) na Toca aqui; é, no seu pior, ter que ir ao Porto pra ver o filme novo do Almodóvar e é,no seu melhor, provar cada uma das irresistíveis cervejas importadas do restaurante Buraco, mesmo que isso exija várias visitas;

Em Aveiro eu troquei meu jantar de cuzcuz com carne de charque pelo pão da avó com alheira, o chá mate pelo Ice tea, as corridas na praia pelos passeios de bicicleta, o futebol na areia pelo futebol nos parques;

E é assim com esta simplicidade que Aveiro vai completando a maioria dos meus dias em Portugal...


Sunday, October 22, 2006

Outono e Mata Mourisca


- Dor de garganta, moleza, dor no corpo e muita coriza. É inevitável, todo o começo de Outono sinto na pele o começo da estação. Novamente estou em casa embaixo das cobertas tentando, em vão, me esconder do frio. Mas, talvez se eu não tentasse adiar tanto a mudança de rotina, o frio não me pegaria sempre despreparado. Bom, como já não há mais como fugir da nova estação, o jeito é entrar no clima: E lá vou eu guardar roupa de verão, desentocar roupa de inverno, pesquisar os filmes que vão estar nas locadoras e os que vão entrar no cinema, procurar na internet receitas de novos pratos pra ficar na cozinha quando faltar coragem, ou companhia, para sair de casa, e o aquecedor onde está? será que joguei fora o ano passado? escolher os livros pra devorar no aconchego do edredon, ah é claro, lavar edredon, cobertores e casacos que estão cheirando a sabonete de armário, procurar os gadjets para as trilhas na chuva e frio, comprar novos gadjets se ainda quiser andar de bike, comprar essências, incensos e velinhas pra manter o clima no quarto, renovar o estoque de vinho e queijo, treinar a mente a não lembrar que é verão abaixo do Equador, procurar o guarda-chuva, ou melhor comprar um, mas antes de mais nada preparar uma canjinha de galinha e melhorar da garganta por que o frio do Outono já não me espera.


- Semana passada fui a Pombal, uma cidadezinha um pouco mais ao sul, ainda com um clima de verão. Fui com Fabi, Vitinho e Patrícia, conhecer a cidade de Felipe, um grande amigo e anfitrião. Além de passearmos pela cidade e conhecermos o castelo de Pombal, fomos ao tradicional restaurante “o manjar do marquês” comer o típico arroz de tomate com bolinho de bacalhau, “uma pomada” como diria o Vitinho. Ainda deu tempo de ir em Mata-Mourisca, a cidade natal de Felipe, esta foto do lado é da praça da cidade. Foi a despedida das camisetas e finos (chopp) em esplanada. Para não perder o costume, um aparte: no centro de Pombal a igreja da Sé e a câmara municipal tem telhados, batentes, ar condicionados e até fios cheios de espinhos para evitar que os pombos pousem e sujem as fachadas, adoro estas ironias...

- O que eu queria neste outono\inverno era fazer um plano e a cada fim de semana viajar cada vez mais pro sul, passando por Leiria, depois Lisboa, depois Alentejo, depois Algarve , depois Açores e a Madeira e quando chegasse exatamente no meio do inverno fosse subindo por cada lugar de novo a cada fim de semana novamente, será que eu iria conseguir passar pelo inverno sem nem lembrar que fez frio? Bem que eu gostava de tentar...

Vista de cima do castelo

O castelo de Pombal






Sunday, October 01, 2006

Sevilha 40 graus

El real Alcázar em Sevilha.

Não, eu não abandonei meu blog, só estive por uns dias um bocado distante do mundo virtual. Documentos do visto, do carro, trapalhadas da universidade e muito trabalho. Há duas semanas que é impossível navegar na internet. Bom, mas eu não criei este blog para escrever sobre problemas.
Aí vão alguns comentários da minha passagem pela Espanha na semana passada. No meio de vários ensaios e algumas reuniões, ainda consegui dar uma voltinha em Sevilla e Badajoz:
- Em Aveiro já começou o vento frio indicando a virada da estação, assim a viagem serviu para adiar o Outono em alguns dias. Em Sevilha às sete horas da tarde, os termômetros indicavam incríveis 37ºC.

- Nada como matar saudades de uma boa peça de carne de vaca.

- Eu já sabia que os espanhóis adoram as touradas, mas desta vez senti melhor a dimensão do “esporte”. Toda cidade tem sua plaza de toros, e eles discutem as touradas com a paixão que discutimos futebol, citando o histórico e estilo de cada toureiro. Em determinada conversa eu apenas disse que não gostava de touradas, e fui repreendido com um silêncio ensurdecedor. Ainda bem que não dei toda minha opinião...

- Na terça-feira a Espanha só falava na gravidez da princeza. Mas afora as informações que irão encher a publicidade cor-de-rosa pelos próximos meses, há uma questão legal muito interessante, em que o “embarazo” da princeza pode causar muitos embaraços ao príncipe. Acontece que caso o rebento seja um menino, a constituição prevê que ele seja o novo rei, em detrimento à primogênita que é uma mulher. Mas por outro lado a mesma constituição prega que a diferença de sexos não pode justificar qualquer tipo de vantagens. Ou seja, uma mulher não pode ser preterida a qualquer cargo, emprego ou oportunidade pelo simples fato de ser mulher, o que resulta na interessante condição de que caso o novo princípe seja um menino, a nova coroação inevitavelmente irá contra a constuição do país. Uma solução para o problema seria mudar a constituição e coroar a primogênita. Simples, não é? Nada disso. Para esta mudança na constituição a proposta tem que ser aprovada pela câmara e senado, para então os dois congressos serem dissolvidos e reeleitos para uma nova votação. Em caso de aprovada novamente, em cada congresso, a proposta ainda teria que ir a um referendo para que todo o povo espanhol a aprovasse, só então a princesa teria direito ao trono. Incrível isso, felizmente Brasil e Portugal aboliram a monarquia.

- Por falar em política, o “El país” publicou a seguinte reportagem sobre nossas eleições “O Brasil vive suas eleições mais tristes”. O mote era a mudança de regras das campanhas eleitorais, onde não é mais permitido colocar cartazes na cidade ou realizar “showmícios”, e a resultante falta de empolgação dos eleitores. Mas nas entrelinhas o objetivo era ironizar o fato do partido do presidente, e virtual vencedor, estar atolado em denúncias de corrupção. Ainda sobrou espaço para dizer que no “país do futebol” o presidente se aproveitou da visita do presidente da FIFA e da candidatura do Brasil para sediar a copa de 2014 para ganhar votos. Como se não bastasse comentou sobre o nível da nossa discussão política, com nossos Jesus Cristos, diabos, Judas e Pôncios Pilatos... É muito triste a imagem que o mundo tem da política no nosso país. Mas que outra imagem eles poderiam ter?


- Adoro estar na Espanha e não jantar. Viva as tapas!
- Por outro lado o bom atendimento definitivamente não é o ponto forte da Europa....
- Imaginem minha surpresa quando no café da manhã no hotel escutei como fundo musical uma versão em espanhol de “detalhes” de Roberto Carlos!!! :)

Badajoz




Monday, September 11, 2006

O 1º dia dos últimos três anos

Hoje, 12 de Setembro, completo três anos vivendo em Portugal. Como não é possível transcrever tudo que passei neste tempo num post, vou simplesmente escrever sobre o meu primeiro dia em terras lusitanas.

Assim que saímos do avião, sentimos um certo alívio com o calor do sol em nossos rostos, afinal o clima não parecia muito diferente do que havíamos deixado em Recife. Logo em seguida, ao atravessar a pista do aeroporto, mal nos apercebemos do primeiro sinal das mudanças que iríamos encontrar, uma leve brisa fresca veio para aliviar nosso calor e cansaço. Mal sabíamos que a brisa fria, ao contrário do sol quente, faria parte da nossa rotina na cidade do Porto.


Em meio a curiosidade e preocupação em pegar as bagagens, passar por alfândega e controle de passaportes, nos passou ao largo o segundo sinal da mudança. Não nos esperava ninguém no aeroporto, estávamos sozinhos. Eu, Arnaldo e Ermerson havíamos deixado no aeroporto de Recife, família, amigos e namoradas para estudar um ano na Universidade do Porto. Não sabíamos sequer como íamos chegar à residência universitária.

Pegamos um autocarro (ônibus) para a praça da Galiza e descemos a pé até a residência, as rodinhas da minha mala não resistiram e lá vou carregando uma mala enorme no braço e meu mochilão nas costas. Ao chegar na residência D. Pedro V um susto, meu nome não estava na lista de “hóspedes”. O responsável me diz, para minha perplexidade, que nada poderia ser feito, ou seja, eu tinha que me virar. Depois de muito discutir, descobri que erraram na carta enviada a mim e eu deveria ir a outra residência no outro lado da cidade...

Almoçamos num restaurantezinho típico à beira do rio Douro, cozido à portuguesa, numa cave ao lado da despensa, por que não haviam mais lugares no salão. Na TV, notícias sobre as queimadas em Portugal, detalhe, sendo os primeiros contactos com o português falado aqui, não entendíamos nada do que o repórter ou o apresentador diziam :))), tínhamos que ver as legendas....

De táxi eu e Ermerson fomos à outra residência. Enfim, tínhamos acertado. A residência de Paranhos ia ser minha nova casa. E lá estava meu quarto protinho, cama, estante, armário, aquecedor e banheiro, tudo que eu iria precisar pelos seis meses seguintes.

Depois de estabelecidos, compramos uma sopa instântanea (eu ainda não sabia cozinhar) e fomos à cozinha comunitária da residência, e foi aí que comecei a sentir como ia ser a vida na residência. Começaram a aparecer os outros estudantes para nos dar as boas-vindas :))), e aos poucos fui conhecendo alguns daqueles que seriam minha família à partir dali, brasileiros, portugueses, belgas, checas, finlandeses, angolanos, romenas, moçambicanos... Fui logo convidado para a festa africana que haveria lá mais tarde. Passamos a noite bebendo Super Bock (a melhor cerveja de Portugal), comendo pratos africanos e conversando sobre a vida aqui. Como não podia deixar de ser, nada neste dia foi como eu esperava.

Propositalmente prorroguei a hora de dormir ao máximo, para tentar evitar de pensar no Brasil. Sem nenhum sucesso. Antes de dormir estive deitado por muito tempo, num estado semi-consciente de uma mistura de cansaço, ansiedade, saudade e embriaguês, com as lembranças do que ficou e a expectativa do que viria, embalados pelo que parecia ser o balanço da cama combinada com a sensação de que eu estava girando dentro do quarto, sem compreender muito bem se quando eu acordasse eu iria estar na cama que tão bem conhecia ou naquele lugar ainda estranho.

Friday, September 08, 2006

Outdoor Vulcano - Um sábado diferente


Bom, de volta à Portugal... Depois de um fim de semana reorganizando minhas coisas, participei de um dia de esportes de aventura com o pessoal do meu trabalho. Teve rapel, canoagem, arco e flecha, paintball, subida em cordas de exército. Muito fixe :))) (legal).



Friday, September 01, 2006

Reencontros


Bom, depois de ser acusado de estar enrolando no meu próprio blog :), tomei coragem para escrever sobre minhas férias. Em minha defesa digo que as fotos e músicas não foram por acaso. Primeiro pensei “de que adianta falar do pontal de Maraca, se uma foto já diz tanto, ou para quê tentar descrever a queda do véu de noiva se a foto já impressiona, e finalmente, como explicar a beleza de um passeio do Leme até o recreio dos bandeirantes se... Bem, isso nem com fotos se explica.”


Mas no fundo o motivo não foi esse. O mais importante das férias não foram os lugares e sim as pessoas. Foram 20 dias em que fiz tudo para reencontrar aquelas pessoas que estão distantes e fazem falta, claro que não consegui ver todos, mas foram tantas boas surpresas e fui tão bem acolhido que valeu a pena.

20 dias de férias foram como somar 20 anos à minha experiência de vida, tantas foram as novidades, histórias e causos que vi e ouvi. Alguns noivaram, uns tantos se casaram e claro outros se separaram, teve gente que se mudou e quem já voltou, tiveram ainda uns que arriscaram tudo, outros que se aprumaram e aqueles que simplesmente continuam levando... :))), foram muitos filhos de amigos para ver, muitos rostos para rever e novas pessoas para conhecer, histórias bonitas, histórias tristes, ou apenas histórias... Mas no fim saí com a ótima sensação de que todos estão bem. Uns melhores que outros, claro. Mas simplesmente vivendo, e o mais importante, com alegria. Mas o melhor mesmo foi ser tão bem recebido, e saber que para certas coisas, o tempo demora muito mais a passar.
Enfim, talvez em outra oportunidade eu possa falar da excelente noite de Recife, do bairro da Lapa, da trilha que fiz em Bonito ou do pôr do sol em Guaratiba. Mas desta vez tinha coisas mais importantes para lembrar.

Thursday, August 24, 2006

Pernambuco - O Leão do norte

- Pontal de Maracaípe -

- Véu de noiva - Bonito -
"Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou o boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da orquestra armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto de Maracatu
Eu sou um alto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira pra nova Jerusalém


Sou Luis Gonzaga e eu sou mangue também
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte
Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pifo no meio do Carnaval
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O homem da meia-noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte"
Lenine e Paulo C. Pinheiro


- Museu de Brenand - Recife -



- Praia de Calhetas -

Tuesday, August 22, 2006

A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar



"Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida"

M. Nascimento E F. Brant

Monday, August 14, 2006

O Rio de Janeiro continua LINDO !

Baía de Guanabara

Guaratiba

O corcovado e eu


Calçadão de Copacabana

Saturday, August 12, 2006

O Festival de Músicas do Mundo de Sines

Os indianos: Trilok Gurtu & The Misra Brothers

A sensação de ir de um festival de rock no Minho para o festival de músicas do mundo no Alentejo deve ser semelhante a de sair do sertão brasilieiro para o meio do pólo norte. O que era poeira, virou areia; o que eram camisas pretas, viraram camisetas; as caras brancas pintadas viraram rostos bronzeados; e claro, o que era bateria e guitarra, passou a ser percussão e cordas.


Saí sem nenhuma expectativa do que poderia encontrar, e não poderia ter feito melhor. À noite shows espetaculares desde o jazz americano, até o afrobeat africano, passando pela música indiana, num espetáculo do percurssionista Trilok Gurtu que foi o melhor momento dos espetáculos. Ah, a participação brasileira vale a pena destacar. Fomos representados pelo cordel do fogo encantado, que num show performático encantou os tugas, mas não unanimamente claro. Detalhe, os espetáculos eram dentro do castelo de Sines...

Durante o dia, a recuperação da noitada era em grande estilo, afinal o Alentejo tem uma costa privilegiada. Nas redondezas de Porto Covo as falésias e pedras dão o tom (destacadas pelas águas claras). À partir de Melides um areial se estende por trinta quilômetros até Setúbal. Tudo isto com direito a muito sol e brisa refrescante (e não gélida como no norte).

Pire, eu, Vitinho, Ana, Marisa e Rafaela

Enfim, foi a prévia perfeita para as férias, com praia, sol, piqueniques, dormimos ao relento no primeiro dia (com direito a levar susto do trator que limpa a areia na praia), um grandioso jantar alentejano (açorda acompanhada por vinho da região), muito boa música e excelente companhia...

A praia de Porto Côvo

Wednesday, August 09, 2006

Festival de Vilar de Mouros



O grupo estava batizado, a comissão da ONU, éramos um brasileiro, um português, um alemão e uma espanhola. Seguimos então para Vilar dos Mouros, um povoado no extremo norte de Portugal, para nos meter no meio do mato, rodeados por hippies, metaleiros, bichos-grilos e malucos beleza, todos perfeitamente inseridos na sociedade... Sim, essa ironia foi o que mais me fascinou no festival, um evento onde a loucura, como todo o resto, é organizada.
Explicar o clima do festival é tarefa ingrata, afinal estas grandes festas se destacam pelos detalhes, por isso vou tentar passar uma imagem do que foi o festival com umas pequenas passagens.

Cena 1: Dia 1, à entrada do festival. Depois de derrubar alguns finos e uma garrafa de Joi (envenenada com vodka) e eufóricos com a iminência da festa, recebemos a notícia que estávamos na entrada errada, no lado contrário do rio. Para poder trocar os bilhetes, a única solução dada pelos seguranças foi dar uma volta gigantesca por Caminha, que ficava à alguns kilômetros de carro, e a uma hora pelo menos de caminhada. As propostas:
- Miguel Adão (o desenrascanço português) “Ê pá, fazemos assim. Vocês me esperam aqui que eu vou a correr e faço o percurso em meia hora.”
- Eu (o jeitinho brasileiro) “Meu irmão é o seguinte; Eu vou por aqui, atravesso o rio, acho um caminho pela encosta e troco os bilhetes do outro lado.”
- Laura (a sobriedade, em meio à embriaguês, espanhola): “Ma que passa, estam loucos. Tiene que ter outra maneira”
- A lucidez alemã (Andy) “Ê pá, é melhor irmos falar com o rapaz da entrada”
Assim fizemos e resolvemos o problema.



Cena 2: Dia 2, na beira do rio, curtindo uma ressaca. Um senhor (barbudo com cabelão) com sua família toda acampando no festival, começa a contar que tinha ido a todos as 35 edições, exceto a primeira. Eis que chega seu filho todo sorridente.
- Garoto “Pai, olha a pulseira que ganhei.”
- Velhote “Foda-se o pá, pareces uma puta francesa. Deixa de tretas e vai pegar a mortalha (papel para apertar a maconha)”

Cena 3: Dia 3, 11 da manhã cedo na barraca ao lado. Depois de dois dias se alimentando de presunto, queijo, vinho e mais presunto, diversas vezes por dia, nossos vizinhos, dois hippies de meia idade, me vêm com esta.
- Hippie quarentão 1 “Ê pá, comprei um frango pro almoço!”
- Hippie quarentão 2 “foda-se caralho, já temos presunto pra que raio queres o frango? És parvo ou o quê?”

Cena 4: Dia 3, último dia dos shows. Haviam vários casais metaleiros com filhos pequenos lá. O barato era ver a garotada tatuada, com cabelo pintado e curtindo pa valer os shows, inclusive um moleque de uns dez anos com o cabelo punk cantou metade das músicas do soulfly de cima dos ombros do pai (ainda por cima fazendo o sinal punk com as mãos). Mas o que mais me chamou a atenção foi um casal que brincava com os dois filhotes, dois sacos cama e um lençol na noite mais heavy metal do festival. Eles rolavam pela poeira, todos imundos, e no meio disto tudo ainda se via o pai curtindo imenso o show :))))).


Ah, o festival... Os melhores momentos.
- Chutos e pontapés: Excelente. Um show agradabilíssimo. A relação com o público é visceral, me contagiou... Eles são parte da família de todos os portugueses.
- Iggy pop: Que energia impressionante, ainda mais com cinqüenta anos. Não me interessa quantos quilos de droga ele precisou consumir, o cara sabe fazer um bom show. Ele desceu ao público (para o pânico dos seguranças), depois puxou uns malucos ao palco e não parou um minuto. Muito bom!
- Soulfly x Sepultura: Mais vale um cavaleira no vocal do que dois tocando... Uma presença de palco fenomenal e ainda uma palhinha na percursão (que poderia ser maior). E olha que heavy meatl não é, por assim dizer, meu estilo preferido.

Sunday, July 02, 2006

Crônicas de uma morte anunciada

Indiferença. Este é o resumo da passagem do Brasil pela copa do mundo. Perder um jogo para França numa fase mata-mata de uma copa do mundo não é nenhum desastre. Mas perder com tamanha indiferença e falta de vontade é difícil de aceitar. Se já era frustante vencer sem brilho, perder sem luta é inadimissível.
Já sabia que seria difícil para o Brasil chegar ao título em uma copa realizada na Alemanha. Já estava preparado para uma eventual eliminação. O problema foi a maneira como as coisas aconteceram.
Fomos uma sombra de uma equipe, um time apático quando dominado e sem alternativas quando era suposto reagir. Pareciam um bando de desconhecidos que foram chamados à jogar na última hora. Um time sem jogadas e sem espírito, típico de uma equipe mal treinada.
A imagem da copa para nós vai ser o Roberto Carlos ajeitando a meia enquanto o França fazia o gol, síntese de uma seleção desinteressada. Achavam que a qualquer momento tudo se resolveria, mas esqueceram que antes era preciso querer. E num desfecho triste, uma série de discursos preparados, como se uma derrota destas fosse uma coisa vulgar. Apenas o espelho de um técnico sem coragem e motivação.
Mas tudo bem, as pessoas passam, e a seleção fica. Ser brasileiro é isso, rir e chorar com nossas vitórias e derrotas, mazelas e virtudes... Está na nossa natureza, somos passionais. Odiamos e amamos o nosso país com todas as nossas forças. E acima de tudo sabemos que quando tivermos a oportunidade, a decepção virará esperança e iremos colorir novamente o mundo com nossas camisas, bandeiras e alegria. Com a absoluta certeza de que seremos os melhores novamente.

Thursday, June 29, 2006

A vida não pára

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para"

Lenine

Sunday, June 25, 2006

Os novos baianos

Ontem foi dia de casório. É o segundo casal de amigos luso-brasileiros que casa em dois meses. No mês passado foi o casamento de Leila e Rui (ela soteropolitana e ele portuense), só que na Bahia. Neste eu não estive presente, mas aguardo a festa em terras lusas.
Mas vale a pena contar aqui como é um casamento português. Casamento em Portugal é um acontecimento de proporções épicas :))). São meses de preparação e expectativa para uma imensa festa de arromba. È uma extravagância de comidas, bebidas e músicas, num evento que começa no fim da manhã e segue madrugada à dentro, às vezes até o dia seguinte.

Fabi, Rui, Susana, João, Leila e eu

Depois da cerimônia religiosa na igreja, o festim se realiza invariavelmente em uma quinta (uma mistura da granja com casa de festas). À chegada dos convidados, são servidas as entradas, ainda nos jardins da quinta. Depois as pessoas se distribuem pelas mesas nos lugares previamente escolhidos em função das afinidades. Eu e Fabi, claro, ficamos juntos da turma do barulho, nossos amigos do Porto que são o equivalente à turma do fundão nas salas de aula do colégio. Então começam os trabalhos: entradas, primeiro prato, segundo prato, sobremesa, mesa de doces (calma que não acabou, aqui recomeça o circuito), mesa de queijos, bolo de noiva, jantar, sopa, bombons e digestivos... UFA!!! No meio de tudo isso bebida à borla (à vontade), variando conforme a ocasião, vinhos para as refeições, champanhe para o bolo, vinho do porto como digestivo ou com os queijos, e cerveja, whisky e licores para todas as ocasiões. Toda esta fartura acompanhada por música que também acompanha a sequência da festa, passando de músicas mais calmas, fado e claro música brasuca, por que ninguém é de ferro :))).

Este foi o quarto casamento que fui em Portugal, mas desta vez teve um significado especial. Afinal conheço Susana (portuense) e João, carioca de araque, baiano da gema :))), desde o início do namoro deles. De tudo o que aconteceu na festa, o que me deixou mais contente foi simplesmente poder ver a alegria dos dois. Fica aqui meu desejo de muitas felicidades aos “baianos e respectivos novos baianos” :))).

Xana, Rui, Leila, Fabi, eu, Mari-louca, Rui, Lígia, Daniel (olhem a cara da figura) e Sônia

Rui, Leila, Mari-louca, eu, Daniel e Michel.


Fim de festa!!!

Sunday, June 18, 2006

Prá frente Brasil!!!

"Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil, Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos, pra frente Brasil!Salve a seleção!
Todos juntos vamos, pra frente Brasil!Salve a seleção!"

O trem do terror (tirem-me deste filme!!!!)

Gosto de escrever no meu blog linha por linha, mas quando vi no blog de Fabi o post sobre a nossa viagem de trem de Budapeste para Praga, percebi que já estava tudo lá, e que não ia fazer melhor. Está interessante, engraçado e descreve as coisas exatamente como aconteceram:

“A noite fomos apanhar um trem para Praga, era a noite toda, pois são 7 horas de viagem, resolvemos pegar uma cabine com camas, compramos uma onde teriam 6 camas. Para nossa surpresa e desespero quando entramos no trem que vimos a cabine, deu vontade de chorar! Era uma cabine de 1 metro por 2 mais ou menos, e as camas tipo puleiro, 3 de um lado, 3 do outro e um corredor minúsculo!! Já estavam lá duas meninas. Nessa hora chega o funcionário responsável pelo vagão... Detalhe: o homem tinha ar de maluco, olhos arregalados, uma simpatia desconfiável... Veio logo nos dizer que tinha uma outra cabine vaga, onde poderia nos colocar lá... (Hum, muito bom pra ser verdade), levou-nos a outra cabine. Perguntamos se tinha que pagar algo extra e ele veio logo dizendo que a gente "dava a ele" o que quisesse, detalhe, nos deixou na cabine e ficou com nossos bilhetes! Ficamos apreensivos com medo que ele só devolvesse depois que a gente pagasse o tal "suborno"... enfim, um caos, resolvemos falar com ele que queríamos os bilhetes e íamos voltar ao tal puleiro!
Quando a gente tava conversando com ele, apareceram duas portuguesas e explicaram que era "normal" ele ficar com os bilhetes, pois assim ele não incomodaria durante a noite para "picar" e conferir os bilhetes... Hum, ok, a coisa não era tão mal.Ficamos conversando na cabine das portuguesas, novamente vem o maluco nos servir cerveja, água, pãozinho... (claro, vender na verdade), mas ele disse q tinha preço especial. Esse carinha não me cheira mesmo bem... Fomos finalmente para nossa cabine.No meio da noite acordamos com batidas na porta e berro dos policiais na fronteira, pra carimbar o passaporte, estávamos saindo da Hungria. Que susto, abrimos a porta, o homem tinha uns dois metros, falava lá um Húngaro que eu só entendi no final: passaport!!!!! Afe!! Me senti naqueles trens indo pro holocausto. O homem pegou nossos passaportes, carimbou com tal força, depois tinha outro do lado q também carimbou, e o tal carinha "caricata" por trás deles sorrindo! (acham normal?). "Meu Deus,tirem-me deste filme!". Mais um soninho, e lá vem de novo a polícia. Fogo hoje não durmo! Entramos na República Checa... Mais palavras sem entender, dei o passaporte, mais carimbo! Eu hein!!! Pronto, agora podemos dormir, não há mais fronteiras... Acordei umas duas vezes com o barulho do trem, parecia que ía sair do trilho!! Perto de chegar em Praga, acordo mais uma vez com o maluco falando com Léo, dizendo que tivemos sorte porque o vagão tinha sido roubado, sorte nossa que trancamos a cabine... enfim! Detalhe: ele é quem tomava conta o vagão... Hum mais história desse homem.... Nesse momento ele nos devolveu os bilhetes... meu deus, eu só queria chegar em Praga!
Chegamos, ufa... Pra ele demos um bye, bye... apenas!”