Sunday, October 22, 2006

Outono e Mata Mourisca


- Dor de garganta, moleza, dor no corpo e muita coriza. É inevitável, todo o começo de Outono sinto na pele o começo da estação. Novamente estou em casa embaixo das cobertas tentando, em vão, me esconder do frio. Mas, talvez se eu não tentasse adiar tanto a mudança de rotina, o frio não me pegaria sempre despreparado. Bom, como já não há mais como fugir da nova estação, o jeito é entrar no clima: E lá vou eu guardar roupa de verão, desentocar roupa de inverno, pesquisar os filmes que vão estar nas locadoras e os que vão entrar no cinema, procurar na internet receitas de novos pratos pra ficar na cozinha quando faltar coragem, ou companhia, para sair de casa, e o aquecedor onde está? será que joguei fora o ano passado? escolher os livros pra devorar no aconchego do edredon, ah é claro, lavar edredon, cobertores e casacos que estão cheirando a sabonete de armário, procurar os gadjets para as trilhas na chuva e frio, comprar novos gadjets se ainda quiser andar de bike, comprar essências, incensos e velinhas pra manter o clima no quarto, renovar o estoque de vinho e queijo, treinar a mente a não lembrar que é verão abaixo do Equador, procurar o guarda-chuva, ou melhor comprar um, mas antes de mais nada preparar uma canjinha de galinha e melhorar da garganta por que o frio do Outono já não me espera.


- Semana passada fui a Pombal, uma cidadezinha um pouco mais ao sul, ainda com um clima de verão. Fui com Fabi, Vitinho e Patrícia, conhecer a cidade de Felipe, um grande amigo e anfitrião. Além de passearmos pela cidade e conhecermos o castelo de Pombal, fomos ao tradicional restaurante “o manjar do marquês” comer o típico arroz de tomate com bolinho de bacalhau, “uma pomada” como diria o Vitinho. Ainda deu tempo de ir em Mata-Mourisca, a cidade natal de Felipe, esta foto do lado é da praça da cidade. Foi a despedida das camisetas e finos (chopp) em esplanada. Para não perder o costume, um aparte: no centro de Pombal a igreja da Sé e a câmara municipal tem telhados, batentes, ar condicionados e até fios cheios de espinhos para evitar que os pombos pousem e sujem as fachadas, adoro estas ironias...

- O que eu queria neste outono\inverno era fazer um plano e a cada fim de semana viajar cada vez mais pro sul, passando por Leiria, depois Lisboa, depois Alentejo, depois Algarve , depois Açores e a Madeira e quando chegasse exatamente no meio do inverno fosse subindo por cada lugar de novo a cada fim de semana novamente, será que eu iria conseguir passar pelo inverno sem nem lembrar que fez frio? Bem que eu gostava de tentar...

Vista de cima do castelo

O castelo de Pombal






3 comments:

Anonymous said...

Bom, estes brasileiros cada vez nos surpreendem mais...mas que boas observações...fazes-me lembrar Fernando Namora, um autor português neo-realista prosista e bom observador...mas com um erro crasso: É Filipe e não Felipe.
Um abraço amigo

Anonymous said...

Je arrive en Europe le fin du hiver!!

Ahhahah! Cheguei da aula aí fico assim tabacudo!!

ABraço

Anonymous said...

Errei.. j'arrive! Ahahaha!